O Mistério do Farol das Ilhas Flannan: O Desaparecimento Real Que Até Hoje Intriga o Mundo

Mundo Sombrio
Faroleiros na Escócia

Imagem: NRS / PA Media – via The Independent

No dia 15 de dezembro de 1900, o farol solitário das Ilhas Flannan, na costa da Escócia, parou de brilhar. Quando uma equipe chegou dias depois para investigar, encontrou algo que até hoje desafia explicações: três faroleiros desapareceram sem deixar rastros. A porta estava entreaberta, uma refeição intocada ainda sobre a mesa… e uma cadeira caída no chão, como se alguém tivesse se levantado às pressas. Nenhum sinal de luta. Nenhum corpo. Nenhuma pista.

O que aconteceu com James Ducat, Thomas Marshall e Donald McArthur? Teriam sido levados por uma onda colossal? Piratas? Algo sobrenatural? Ou algo ainda mais sinistro?

Mais de um século depois, o desaparecimento dos guardiões do Farol de Eilean Mòr continua sendo um dos maiores mistérios marítimos da história. Neste artigo, vamos mergulhar nos fatos, nos arquivos históricos e nas teorias mais obscuras sobre o caso que inspirou livros, filmes e pesadelos.

A Construção do Farol das Ilhas Flannan

Desafios da Ilha: A localização remota e as condições climáticas severas da região tornavam a manutenção do farol uma tarefa difícil. O isolamento era intenso, e a ilha só podia ser acessada por barcos, o que tornava a logística complicada.

Início da Construção: O Farol das Ilhas Flannan foi planejado para garantir a segurança dos navios que navegavam pelas águas perigosas da costa da Escócia. A construção começou em 1896 e foi concluída em 1899. O farol, situado na Ilha Eilean Mòr, tinha uma torre de 23 metros e ficava em um penhasco de 60 metros de altura, com uma luz que podia ser vista a até 32 quilômetros de distância.

Os Guardiões do Farol: Quem Eram Eles?

Donald McArthur: O faroleiro ocasional, Donald McArthur, estava de serviço durante o período do desaparecimento, substituindo outro faroleiro. Com menos experiência do que os outros, ele foi um dos que sumiram sem deixar rastros.

James Ducat: O faroleiro principal, James Ducat, era um homem experiente, com mais de 20 anos de serviço nos faróis da Escócia. Casado e com quatro filhos, ele era a figura de autoridade no farol.

Thomas Marshall: Assistente de faroleiro, Thomas Marshall era um homem jovem, de 27 anos, que havia começado sua carreira no serviço em 1896. Ele tinha um espírito aventureiro e já havia trabalhado em outros faróis antes de ser designado para as Ilhas Flannan.

Three lighthouse keepers

Imagem: National Records of Scotland – Fonte: Blog do NRS

A imagem mostra:

  • James Ducat (esquerda)
  • Thomas Marshall
  • Donald McArthur
  • Robert Muirhead (direita), o superintendente da Northern Lighthouse Board

O Desaparecimento Misterioso

No dia 26 de dezembro de 1900, o navio de reabastecimento Hesperus chegou à ilha com o faroleiro Joseph Moore a bordo, responsável por substituir um dos homens de serviço. Mas ao se aproximarem do farol, notaram algo incomum: nenhum sinal de vida, nenhuma luz, nenhuma resposta às buzinas ou foguetes de sinalização disparados da embarcação.

Moore desembarcou sozinho e encontrou um silêncio pesado. Ao entrar no farol, deparou-se com uma cena inquietante:

  • A porta estava entreaberta.
  • O relógio havia parado.
  • Uma refeição permanecia intocada sobre a mesa.
  • Uma cadeira caída, como se alguém tivesse se levantado às pressas.

Mas o que mais chamou atenção foi um casaco de óleo pendurado no cabide, exatamente onde deveria estar — um dos três. Os outros dois haviam desaparecido, junto com seus donos. Isso indicava que um dos homens saíra às pressas, sem tempo de vestir sua proteção contra o frio e as tempestades, algo impensável em um ambiente tão inóspito como aquele.

Os registros do farol estavam atualizados até o dia 15 de dezembro, com observações meteorológicas e técnicas anotadas com rigor. Mas depois disso, o silêncio. Do lado de fora, o cenário era de destruição: grades de ferro retorcidas, pedras imensas deslocadas pela força das ondas, uma boia salva-vidas arrancada de sua fixação — a 33 metros acima do nível do mar.

Apesar das buscas, nenhum vestígio dos faroleiros foi encontrado. A hipótese oficial é que uma onda colossal os teria levado enquanto verificavam danos ou tentavam segurar equipamentos. Mas até hoje, ninguém sabe ao certo o que aconteceu naquele pedaço de rocha isolado no meio do Atlântico.

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