Projeto Abigail: O Soldado Que Nunca Morre

Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, entre os corredores ocultos de uma base americana no deserto de Nevada, um cientista de renome, Dr. Albert Western, trabalhava em algo que ninguém mais teve coragem de seguir adiante. Enquanto o mundo travava batalhas nos campos da Europa e do Pacífico, Albert tinha um objetivo mais ambicioso: criar o primeiro soldado imortal da história.

O projeto foi batizado com um nome simples, mas sombrio: Projeto Abigail — o nome de sua única filha.

Albert era viúvo. Sua esposa havia falecido durante um bombardeio em Londres, e Abigail, então com 19 anos, era tudo o que lhe restava. Obcecado pela ideia de criar uma arma viva que nunca mais sentisse dor ou medo, ele usou sua própria filha como cobaia. Nos arquivos da Área 51, onde se acreditava que o projeto acontecera, constam registros de testes que envolviam soro de regeneração, transfusões experimentais com DNA de animais, radiação controlada e até rituais obscuros extraídos de textos antigos apreendidos na Alemanha nazista.

Nas primeiras semanas, o corpo de Abigail começou a mudar. Seus ossos cresciam rapidamente, ultrapassando dois metros e meio de altura. Sua pele se tornou grossa e escura, como couro queimado, e seus dentes se alongaram até rasgar sua própria boca. Abigail não era mais humana.

Albert, cego por sua ambição, recusava-se a interromper o projeto, mesmo quando sua filha já não o reconhecia e urrava como um animal enjaulado. Seus colegas tentaram intervir, mas já era tarde demais. A criatura havia perdido a consciência e atacava tudo o que se aproximasse.

Em 1945, após um incidente em que Abigail quase destruiu uma ala inteira da instalação, Albert selou a jaula com placas de aço e, em desespero, tirou a própria vida. Deixou apenas uma carta com um pedido:

“Cuidem dela. Ainda é minha filha.”

Os militares, assustados com o que criaram, decidiram abandoná-la. Pararam de alimentar a criatura e lacraram sua cela. Mas a fome é uma força primitiva — e Abigail, mesmo monstruosa, ainda tinha instintos. Dois dias depois, ela escapou. Dois soldados foram encontrados dilacerados nos túneis da instalação. Suas identidades nunca foram reveladas.

Após o ataque, o governo selou o local. Uma nova ala subterrânea foi construída exclusivamente para aprisioná-la, em um setor chamado apenas de “Nível 6 – Não Abrir”. Até hoje, há registros extraoficiais de barulhos estranhos vindos de lá: grunhidos, batidas, e gritos que parecem vir de uma mulher em agonia.

Em 2003, um engenheiro que trabalhava na modernização da base relatou, anonimamente, que viu uma criatura nos corredores. Ela caminhava com as costas curvadas, e suas mãos arrastavam no chão. Disse que sentiu um cheiro de carne queimada e que, por um instante, viu olhos humanos no meio daquela face monstruosa.

Três dias depois de seu depoimento, o engenheiro desapareceu.

O governo nunca confirmou a existência de Abigail. Nenhum documento oficial menciona o projeto. Mas há um dossiê, vazado em fóruns obscuros da deep web, com a imagem de um esqueleto humano gigantesco coberto por tecido ressecado, preso a correntes em uma cela de concreto. No canto inferior da imagem, uma etiqueta desgastada carrega apenas uma palavra:

“ABIGAIL.”

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